Foda-se! (Doçuras Burguesas) – Definições, Máximas e Pensamentos com Aroma de Bakunin

agosto 28, 2013

Foda-se! (Doçuras Burguesas)

Definições, máximas e pensamentos com aroma de Bakunin

 

Abstinência (sexual) – Aberração.

Academia de Letras – Mediocridade do ranço literário e político.

Acadêmico (universidade) – Repete os rótulos decorados que estão em voga e se acha um intelectual.

Ação – Acredite na ação, nunca na palavra.

Ambição – Despreze-a quando não é intelectual ou espiritual.

Amor – Sincronismo do tesão.

Angelopolous – Deus grego da Sétima Arte.

Apresentadora (de TV) – Seios, nádegas e QI de galinha.

Apresentadora (de TV) – Silicone e QI (quem indique).

Arte – A mais alta expressão da espiritualidade.

Arte – A mais elevada expressão humana.  

Arte – São intelectualmente inferiores os que a consideram inútil.

Assange/Julian – Herói.

Baudelaire – A carniça pode ter fragrância de poesia.

Beethoven – E Deus se fez som.

Beethoven – Quando o genial atinge o sublime.

Beleza (feminina) – Anouk Aimée aos 30 anos.

Beleza (feminina) – Gene Tierney aos 30 anos  

Beleza (femenina) – Marie Laforêt aos 30 anos.

Bergman – A não resposta divina em preto e branco.

Bosch/Hieronymus – Antecipou-se quatro séculos a Freud.

Buñuel — A  bela da tarde, com discreto charme, passeia seu cão andaluz.

Burguês – Se não for erudito, só serve para consumir como um porco.

Caravaggio – Himeneu da luz e da Margem.

Casamento – Confortável, mas castrador.

Coluna Social – Adequada para pobres de espírito.

Competitividade – Sordidez.

Conformismo – Vulgaridade discreta.

Consciência – Tem prioridade sobre a hierarquia.

Conservadorismo – Nossa, que fedor de cachorro morto!!

Consumismo – A arte de engolir suavemente o fascismo.  

Convenções (sociais) – Sob medida para frouxos e hipócritas.

Copular – Verbo sagrado.

Corporações – Ditaduras privadas.

Cupim – A sociedade capitalista do século XXI.

Descartes – Suas ideias eram mais do que cartesianas.

Deus – Absolutamente racional.

Deus – Comercializado pelos mercenários da religião.

Deus – Exilado pelos mercenários do neoliberalismo.

Deus – Ignora os intermediários.

Deus – O Nada, o Absoluto, o Inominável.

Ditadura (militar brasileira) – Terrorismo de Estado.

Economia – Totalitarismo.

Economista – Tão burro, tão limitado, tão ignorante, tão atrasado, tão retrógrada que prioriza a economia em detrimento dos valores humanos.

Economista – Iluminado como cérebro de galinácea.

Escritor – Certamente não é aquele que escreve baboseiras pseudomísticas.

Escritor – Certamente não é aquele que escreve picaretagens de autoajuda.

Escritor – Copula com as palavras.

Escritor – Egocêntrico revestido de ascetismo.

Escritor – Neurótico com tinta nas veias.

Escritor – O tesão da escrita lhe provoca ereção.

Escritor – Superior quando subordina tudo à literatura.

Espionagem – Toda violência contra a espionagem do cidadão é legítima e justificada.

Espiritualidade – Por ser mais despojada, a laica é superior à religiosa.

Eufemismo – Sinônimo de hipocrisia.

Exílio – A impossível convergência de ser e estar.

Exílio – Deslocamento a perpetuidade.

Ferrat/Jean – O maior cantor engajado do mundo.

Ferré/Léo – A poesia anarquista veste traje de gala.

Ferré/Léo – Sob a égide de Apolo, a Anarquia cobre sua pele de estrelas.

Foder – Desígnio sagrado de Deus.

Folga – Dia em que o cidadão pensa que não é contabilizado pelo sistema.

Fontela/Orides – Na cidadela inexpugnável do Silêncio, a maior do Brasil.

Fontela/Orides – O verso cabe numa única palavra.

Fontela/Orides – O voo crucificado do cisne.

Fornicar – Verbo sagrado.

Fundamentalismo – Fétido como cadáver em decomposição.

Garbo/Greta – O divino olhar, impenetrável, incomparável.

Gozar – Não deixe para amanhã.

Goya – Injetando gênio em conteúdo e forma, antecipa-se um século aos impressionistas, aos expressionistas e aos surrealistas.

Goya – Quando o vermelho e o preto corroem.

Homem – A busca.

Homem – O de Nietzsche.

Hedonismo – Omar Khayyam.

Homossexualismo – Equilíbrio ecológico.

Imbecil – Aquele que obedece sem consultar sua consciência.

Insolência – Não querer nada.

Intercurso – Substantivo sagrado.

Jara/Víctor – Mártir chileno assassinado pelos capangas a serviço do usurpador, criminoso e ladrão Pinochet.

Joplin/Janis – Orgasmo estelar.

Justiça – Concebida e exercida pelos que detêm o poder.

Kahlo/Frida – As flores ousam na carne.

Khayyam – A lucidez do Nada.

Khayyam – Antecipou-se a Kierkegaard e Sartre.

Khayyam – Existencialista da Idade Média

Khayyam – Superior pela negação.

Lautréamont – O fascínio sem rosto.

Lautréamont – Os cantos do abismo.

Liberdade – A sagração da superioridade.

Liberdade – O despojamento absoluto.

Lupanar – O neoliberalismo.

Madre Teresa de Calcutá – Quintessência do Amor.

Maio de 68 –  O mês mais romântico de todo o século XX.

Moda – Trapos finos para mentes ocas.

Monroe/Marylin – A suprema sensualidade.

Nada – Quando absoluto, o nirvana laico.

Neoliberalismo – A aversão ao neoliberalismo não é um atestado de amor ao stalinismo.

Neoliberalismo – Ditadura do capital.

Neoliberalismo – O neoliberalismo é tão moderno que fede a múmia faraônica.

Neoliberalismo – Terrorismo do dinheiro.

Oliveira/Manoel de – O humanismo se faz imagem.

Oposição – Serve enquanto não assume o poder.

Orgulho – Não querer nada.

Palavra – Inútil quando não acompanhada da ação.

Palavra – Só a ação pode validá-la.

Palavrão – Evitá-lo atesta o ranço do provincianismo.

Palavrão – Menos vulgar que o eufemismo.

Parlamentar – Larápio profissional.

Parlamentar – O lixo não representa o povo.

Pastor (evangélico) – O dinheiro substitui o sexo.

Provincianismo – EUA e América Latina.

Politicamente correto – A sagração da imbecilidade.

Querubim – Ejacula poesia.

Pessimismo – Lars von Trier.

Polução – Hipnos rega o sonho com sêmen.

Polução – O mais elevado ato de ejacular.

Polução – O esperma concretiza o sonho.

Puta – Faz às claras o que muitas damas fazem às escuras.

Putaria – O neoliberalismo.

Putin – Tem estofo de ditador, mas ele é necessário para conter os EUA.

Radicalismo – Mais do que atingir um objetivo, a meta é destruir a ideia oposta.

Rede social – A não ser que seja para derrubar um governo, só serve para alienar.

Religião – Comercialização de Deus.

Religião – Guerra e repressão.

Religião – Profanação da palavra de Deus.

Resnais – A memória dói em Marienbad e Hiroshima.

Revolução – Faxina permanente para não acumular sujeira.

Rimbaud – A genialidade consagrando a Margem.

Rimbaud – Alguns deuses são marginais.

Rimbaud – O esplendor da marginalidade.

Rótulo – Marca dos imbecis.  

Sábio – Não querer nada.

Santa Teresa de Ávila – A força da libido faz levitar.

Saura – Os lobos de Ana criam corvos no centenário de mamãe.

Serafim – Seu esperma se transforma em poesia.

São Francisco de Assis – Hippie da Idade Média.

Sexo – A primeiríssima função do Homem na Terra.

Sexo – Prioridade absoluta.

Silêncio – Essência do Universo.

Silêncio – Dilata a alma.

Silêncio – Mistério dos Primórdios.

Silêncio – Para gostos sofisticados.

Silêncio – Regeneração.

Snowden/Edward – Herói.

Sonho – O eterno retorno.

Sosa/Mercedes – Dignidade exemplar para todas as cantoras e todos os cantores do mundo.

Tecnocrata – Culto como flatulência de asno.

Tesão – O pulsar sagrado da vida.

Universal – Ser tudo e nada.

Valores – Se variarem com a bolsa, destrua-os.

Vandré – Sacrossanto esperar não é saber o torna grande.

Van Gogh – A tangibilidade do fulgor.

Villon – A Margem se veste de Poesia.

Violência – Pode ser necessária ao país como cirurgia ao corpo.

Visconti – O fausto da aristocracia perdida e o estandarte vermelho.

Visconti – Magnificência da Ursa Maior em baile do Tempo Perdido.

Visconti –  Seu Tempo Perdido se reflete em Proust.   

Voltaire – A finesse otimista do sarcasmo.

Vulgaridade – O que não ousa ser.

Xenófobo – A paleontologia explica.

Yankee – Go home!

Zaratustra – Assim falava o Homem Superior.

Zorra – O neoliberalismo.

14-08-2013

 

 

 

Uma resposta to “Foda-se! (Doçuras Burguesas) – Definições, Máximas e Pensamentos com Aroma de Bakunin”


  1. Muito oportuno o texto, além de bem elaborado. Cai como um tapa carinhoso no rosto de muita gente.
    Aparecido Raimundo de Souza (jornalista)


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